O trabalho é um dos temas que os estudos sociológicos têm procurado interpretar ao longo do tempo da construção dessa ciência (mais especificamente do século XVIII até nossos dias).

        Poderíamos dizer que o trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples até as mais complexas. No entanto, essa atividade humana nem sempre teve o mesmo significado, a mesma organização e o mesmo valor.

Por isso, cabe nos aqui indagar: Para que o trabalho existe? Quem o inventou? Seu significado é semelhante nas diferentes sociedades?

Nas sociedades tribais todos faziam quase tudo e as atividades relacionadas à obtenção do que as pessoas necessitavam para se manter (caça, coleta, agricultura e criação) estavam associadas à todas as esferas da vida social.

Na Europa Antiga e Medieval o trabalho sempre foi muito desvalorizado, pois não era o principal núcleo mais importante para orientar as relações sociais neste período. Estas sempre se definiam pela hereditariedade, pela religião, pela honra e lealdade e pela posição em relação as questões públicas. E isso fez com que alguns vivessem do trabalho dos outros nesse período.

Na Antiguidade Grega e Romana era a mão de obra escrava que garantia a produção suficiente para suprir as necessidades da população. Existiam, no entanto, trabalhadores livres como os artesãos e os camponeses que também eram explorados e oprimidos pelos senhores e proprietários.

Nas sociedades feudais caracterizadas pelo regime de servidão, os servos e os camponeses livres eram os que trabalhavam. E os senhores feudais e membros do clero viviam do trabalho dos outros. A terra era o principal meio de produção e os trabalhadores tinham direito ao seu usufruto, mas nunca a sua propriedade.

Nas sociedades capitalistas (como a nossa) há o que fora denominado por Karl Marx (pensador alemão) de ‘divisão social do trabalho’. Segundo Marx, o modo produção capitalista baseia-se na relação ‘capital-trabalho’ e que tem uma concepção essencialmente de troca. Nestas sociedades, o trabalhador vende sua força de trabalho para o capitalista e com o dinheiro recebido em troca adquire os elementos para satisfazer suas necessidades materiais de vida.

A crescente divisão social do trabalho é uma das características das sociedades modernas. Assim, Marx acreditava que a divisão social do trabalho numa sociedade capitalista, estaria relacionada essencialmente a divisão social de classes.
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