Uma das disciplinas mais importantes dentro do estudo da Filosofia é a Lógica. Foi esta área do conhecimento que conduziu os filósofos, ao longo da história, a indagar se o pensamento, a linguagem e o discurso (logos), obedecia ou não a regras, possuía ou não normas, princípios e critérios para seu uso e funcionamento.

Em nosso cotidiano diversas são as vezes em que empegamos termos como “lógico” ou “ilógico” para indicar que algo está ou não compreendido e esclarecido, evidente. Estes termos usam o princípio da ‘coerência’ e da ‘inferência’, ou seja, concluir algo a partir de um conhecimento prévio sobre o assunto ou concluir algo a partir da semelhança entre as partes de um todo.

As regras da lógica foram criadas pelo filósofo grego Aristóteles, no século IV a.C, sendo esta denominada ele de ‘analítica’. Podemos entender a lógica aristotélica como sendo os procedimentos empregados nos raciocínios que se referem a todas as coisas.

E um dos principais elementos da lógica aristotélica é o que ele denomina de ‘proposição’, que é um discurso verbalmente declarativo do que foi pensado e relacionado pelo juízo do que fazemos e concluímos de TUDO. As principais propriedades da uma proposição lógica são: a extensão e a compreensão.

Na extensão poderíamos, por exemplo, dizer que os termos Pedro, Paulo e Sócrates estariam relacionados ao conceito de (Homem) e que a partir do conceito do que seja Homem, poderíamos aferir diversas características: animal, vertebrado, mamífero, mortal, etc. (isso é a compreensão).

Assim, é por meio dos termos de uma proposição lógica (encadeamento de ideias) que construímos o que denominamos de raciocínio. Este pode se caracterizar como silogismo (quando o que demonstramos ou provamos teoricamente são verdadeiramente compreendidos, lógicos) ou como uma falácia ou sofisma (quando o raciocínio apresenta alguma incorreção, apesar de aparentemente ter a aparência de correção).

O que vai diferenciar um silogismo de uma falácia é justamente “a forma como o raciocínio foi organizado”. Pois, para que haja lógica silogística, é necessário que o chamado ‘termo médio’ (que tem a função de ligar as partes do raciocínio à conclusão dele) apareça nas duas primeiras proposições que antecedem a conclusão e não nela propriamente. Já nos raciocínios falaciosos, essa preocupação não se faz necessária, o ‘termo médio’ não está na proposição inicial do raciocínio, mas sim na segunda proposição e na conclusão.

Observe os exemplos e entenda melhor essa organização lógica!
  
Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
(silogismo)

O pinguim é preto e branco.
Alguns filmes antigos são em preto e branco.
Logo, alguns pinguins são filmes antigos.
(falácia)
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