O
atual Plano Nacional de Educação (PNE) está completando três anos de vigência e,
para marcar esta etapa, foi divulgado um relatório que traz um balanço
detalhado sobre os desafios e caminhos para seu cumprimento.
Com
vigência de 2014 até 2024, o Plano prevê metas para melhorar a qualidade do
ensino brasileiro desde a educação infantil até a pós-graduação. As estratégias
preveem aumento do investimento, melhorias em infraestrutura e valorização do
professor.
Debatido
ampla e democraticamente, o PNE é um marco na Educação nacional por ter tido
grande participação e acolher os principais pleitos da sociedade. Por essa
razão, é ambicioso. Ainda que não seja cumprido integralmente até 2024, o plano
oferece uma visão comum do que é preciso ser alcançado para que seja reduzido o
atraso educacional.
O
plano também é pauta para o controle social por parte das famílias, da
sociedade civil e do sistema de justiça. Dentre todas as metas e estratégias,
há evidente clareza para os membros do Observatório do PNE e também outros
atores do campo educacional de que todas são urgentes. Mas, há também avaliação
de que o plano é uma lista de tarefas entre as quais há pouca priorização ou
integração. Esse é o principal entrave ao seu cumprimento.
Segundo
o relatório, para que saia do papel é essencial a elaboração de um plano de
ação que trace um caminho a ser percorrido, começando pelas políticas que
embasam e sustentam as demais, criando mecanismos para que os gestores
públicos, os agentes de fiscalização e a sociedade possam debater e acompanhar
os processos.
Segundo
as organizações parceiras do Observatório do PNE, esse plano de ação precisa
priorizar as metas e estratégias que versam sobre o aprimoramento da
transparência e da governança; a formação inicial e continuada dos professores;
a valorização salarial e da carreira docente; a redução das desigualdades; e a
garantia do acesso em estabelecimentos com infraestrutura digna para alunos e
profissionais da Educação.
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