Em todas as sociedades ocorreram mudanças. À vezes não percebemos as alterações, mas elas acontecem à todo momento, em toda parte. Há mudanças maiores, que atingem toda a humanidade, e menores, que acontecem no cotidiano das pessoas. Normalmente elas estão interligadas.

        Algumas mudanças ocorrem tão lentamente que não são notadas de imediato. É o caso das grandes transformações vividas pela humanidade, atualmente como Revolução Verde e Revolução Industrial.
        
Hoje estão em curso mudanças provocadas pela microeletrônica, pela engenharia genética, pela nanotecnologia, pela robótica, pelos sistemas de comunicação ou pela busca de alternativas energéticas, mas não conseguimos enxergar todos os seus efeitos em nossa vida.

Ocorrem, porém, mudanças que se evidenciam com mais rapidez, como às relacionadas às revoluções políticas e sociais. As revoluções que ocorreram na Europa nos séculos XVIII e XIX, por exemplo, suscitaram a reflexão de vários pensadores da época e constituíram o contexto no qual a Sociologia começou a se desenvolver. Vejamos:

Karl Marx: Marx também analisou a Revolução Francesa, que considerava parcial, pois, realizada por uma minoria, não emancipou a sociedade toda. Para ele, só uma classe capaz de representar os interesses de libertação de todos pode liderar uma transformação, que é resultado dos conflitos entre as classes fundamentais da sociedade. No capitalismo essas classes são a burguesia e o proletariado. Este tem o papel transformador. De acordo com Marx, as revoluções só seriam possíveis por meio da violência, pois os que detinham o poder jamais abririam mão dele pacificamente.

Émile Durkheim: Em sua análise sobre as mudanças sociais, Durkheim observou que na história das sociedades houve uma evolução da solidariedade mecânica para a orgânica por causa da crescente divisão do trabalho. Para Durkheim a solidariedade mecânica é característica das sociedades ditas “primitivas” ou “arcaicas”. Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais. Já a solidariedade orgânica, de modo distinto, é a do tipo que predomina nas sociedades ditas “modernas” ou “complexas”. Nelas, além de não se compartilhar dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada.

Max Weber: Weber analisou a mudança social relacionada ao nascimento da sociedade capitalista. Além das condições econômicas, procurou centrar sua análise no plano das ideias, das crenças e dos valores que permitiram a mudança. O sociólogo desenvolveu a ideia de que a ética protestante foi fundamental para a existência do capitalismo. Segundo Weber, a ética protestante estimulou maior acumulação de capital ao valorizar o trabalho e um modo de vida disciplinado, responsável e racional, sem gastos ostentatórios. Por causa dela, os trabalhadores passaram a ver o trabalho como um valor em si mesmo. 
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