Atualmente
vivemos mergulhados numa ‘crise ética’. Em nosso dia a dia estamos diante de um
grande paralelo: de um lado nossa perplexidade ao vermos tanta indiferença
entre as pessoas, de um outro a angústia de não sabermos mais o que é certo ou
errado, ou seja, em que valores morais devemos nos pautar.
A
nossa sociedade vive cada vez mais a insegurança em meio permanente de tensões
nas relações sociais. A maioria das ações humanas hoje se organiza em prol dos
interesses particulares mais do que nos princípios do direito e da justiça.
Como
consequência desse contexto temos o desencanto ideológico. Não cremos mais
naquilo que gostaríamos de crer. Estamos mergulhados no descrédito aos
políticos e governantes. No desrespeito às leis. A globalização nos trouxe
novas formas de relacionamento, organização e trabalho. Evidencia-se o foco no
combate a corrupção como atos moralmente condenáveis associado ao uso indevido
do poder.
Nos
aspectos sociais vemos as relações familiares enfraquecidas. A perda dos
valores como a honestidade, humildade, sabedoria, sensibilidade, semelhança e
alteridade. A insensibilidade e a indiferença pelo semelhante ganham cada vez
mais ênfase em nosso cotidiano. E, como ‘posteriori’ à tudo isso vem a
devastação do meio ambiente, o aumento da fome e da miséria e a disseminação da
criminalidade e da violência.
Como
vemos TUDO perpassa pelas questões éticas. A ética é algo (ou pelo menos
deveria ser) inerente a todo ser humano. Ela não é algo ‘pronto e acabado’, mas
vai se constituindo junto com o nosso desenvolvimento intelectual, alicerçada pelos
nossos valores morais e a nossa capacidade de reflexão sobre tais valores.
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