Descartes (1596-1650) - considerado o primeiro filósofo moderno, elaborou dois argumentos para provar a existência de Deus. O primeiro foi de que ‘ele’, em virtude de suas dúvidas, era um ser imperfeito. Entretanto, imperfeito como era, ainda poderia manter a ideia de um ser perfeito: Deus. Assim, só um ser perfeito poderia ser a causa de uma ideia tão perfeita. E, portanto, Deus deve existir, dizia Descartes.

O segundo argumento cartesiano é uma variação da prova ‘ontológica’ da existência de um ser perfeito. Descartes argumenta que a ideia de um ser perfeito contém perfeição em todos os graus. E, portanto, a ideia de Deus deve conter a existência de Deus.

Descartes ainda tinha que descobrir como conhecia o mundo. Como ser pensante, raciocinou que seus sentidos, dados por Deus, não o decepcionariam, se fossem apropriamente empregados. Ele deduziu que foi com a mente, ou a razão, que aprendeu a verdade sobre o mundo. E por isso o alicerce do sistema racional de Descartes foi a sua afirmação: “Penso, logo existo”.

Spinoza (1632-1677) – diferentemente de outros grandes filósofos, procurou vier de acordo com sua filosofia. Quando jovem estudou os filósofos judeus, mas sua maior influência veio de Descartes. Como Descartes, Spinoza acreditava que a razão, ou pensamento, é o modo de entender o mundo.

Mas se para Descartes, o universo é feito de duas coisas: mente e matéria, para Spinoza há apenas uma substância: Deus. Para Spinoza, Deus e o universo e todas as coisas são apenas um e iguais. Spinoza achava que Descartes explicado melhor quando identificou Deus como uma ‘substância infinita’ porque esta também possuía todas as propriedades das ‘finitas’ e, portanto não poderiam existir separadamente.

A pedra fundamental do sistema de Spinoza é a indiscutível existência de Deus. Tudo o mais no seu sistema se desenvolve a partir dessa verdade. Spinoza insistiu que Deus e a natureza são uma mesma substância e que mente e matéria são apenas formas diferentes nas quais Deus aparece. Com isso Spinoza pensou que deveria haver muitas outras formas de Deus aparecer, mas que os sentidos humanos são limitados demais para perceber.
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