Para atender a todos os estudantes superdotados do país, o Ministério da Educação (MEC) trabalha na criação de um cadastro nacional com as principais informações sobre eles. A intenção é criar políticas públicas que alcancem esse público e auxiliem no melhor desenvolvimento dessas habilidades especiais.

Segundo a mestra e doutora em educação e especialista em gestão de instituições educacionais pela Universidade Católica de Brasília, Olzenir Ribeiro, os desafios na educação dos estudantes com altas habilidades são inúmeros e se dividem, principalmente, entre a família e a escola.

Para a pesquisadora Olzenir Ribeiro, o professor deve permitir que o superdotado dirija o próprio aprendizado. E o que é mais sério, instigante, provocante, e que vem causando maiores problemas na educação escolar, é a identificação pelo professor do perfil desse aluno, pela capacidade rápida de aprendizagem.

Já na família, o que mais angustia os pais é a intensa curiosidade dos filhos superdotados e a não aceitação de rotinas. O Censo Escolar de 2016 já registrou quase 16 mil estudantes com superdotação em todo o país.  

Recentemente, Brasília sediou o Encontro Nacional de Formação Continuada para os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação, quando a criação do cadastro foi debatida. Para a pesquisadora, o cadastro terá como diferencial o levantamento de números para nortear as políticas públicas.

Sobre as discussões em torno do uso do termo ‘superdotação’ ou ‘altas habilidades’, Olzenir afirma que ficam concentradas no campo teórico, já que a superdotação indica que um contingente da população tem aprendizado acima da média. Ou seja, uma alta habilidade em alguma área do conhecimento humano.

Fonte: Portal do MEC (adaptado)
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