Os especialistas em educação estão apontando a falta de condições para implementar Base Nacional Comum Curricular no Brasil. A implementação da Base Nacional Comum Curricular está prevista para 2019, mas, sem investimentos públicos, inserção no mundo digital e valorização dos professores, ela não sairá do papel.

Esse diagnóstico foi feito por especialistas presentes em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal, nesta quarta-feira (20) de setembro.

A Base Nacional Comum Curricular, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), é um conjunto de aprendizagens a que todos deverão ter direito no Brasil, mesmo em realidades díspares, como a educação em comunidades ribeirinhas ou em uma metrópole. Ela é diferente dos currículos, que mudam conforme o local e a escola.

A previsão é a de que a Base Nacional Comum Curricular seja implementada a partir de 2019, se o Conselho Nacional de Educação aprovar resolução sobre o tema até o fim de 2017. Aprovada a resolução pelo conselho até o final desse ano, o ministro da educação deverá homologá-la em dezembro, para que, a partir de 2019, a base chegue, de fato, às escolas de educação infantil e ensino fundamental.
                         
Segundo representantes do Movimento pela Base Nacional Comum Curricular, não há, no orçamento público, recursos para implementar a base. Além da questão do financiamento, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) também argumentou que a Base Nacional Comum Curricular não sairá do papel se o Brasil não olhar para o que chamou de “a base da base".  Segundo o senador ‘a base da base’ é o professor, é a estrutura, é a permanência da criança na escola.

De 2014, quando foi iniciada a construção da Base Nacional Comum Curricular, até agora, já foram feitas três versões do documento. Só na fase de consulta pública, foram 12 milhões de contribuições.

Agência Senado
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