O termo ‘razão’ originou-se a partir da palavra
latina ‘ratio’ e da palavra grega ‘logos’ e que ambas possuem sentidos muito
semelhantes: contar, reunir, medir, separar... E, quando fazemos uma dessas
coisas, passamos a pensar de forma ordenada.
Por isso, ‘logos, ratio ou razão’ significam pensar
e falar ordenadamente, com medida e proporção, com clareza e de modo
compreensível para outros. Desse modo, se já sabemos o representa a razão, como
pensar o que são as ‘razões’?
No século XVII, o filósofo francês Blaise Pascal dizia que “O coração
tem razões que a razão desconhece”. Com esse pensamento o filósofo queria dizer
que as palavras razão e razões não tem o mesmo significado.
As razões são os motivos do coração, as paixões, as
emoções... Já a razão é a consciência moral e intelectual. Assim Pascal está
afirmando que as paixões e as emoções são os motivos ou as causas do que
pensamos, fazemos ou queremos. E que a consciência moral é algo diferente que
tem atividade própria e não é movida pelas emoções.
A razão, portanto, designa as leis da ação
refletida. A razão como consciência moral é a vontade racional livre que não
deixa dominar pelos impulsos passionais. É a consciência moral que observa as
paixões, orienta a nossa vontade e oferece as finalidades éticas para a nossa
ação.
Agora podemos entender a pergunta “Você perdeu a
razão?”. De fato, se alguém ‘perde a razão’ é porque está
sendo arrastado pelas ‘razões do coração’. E, ao contrário, se alguém ‘recupera
a razão’ é porque o pensamento ou o conhecimento intelectual se tornaram mais
fortes do que as emoções.
Ótimo post!Estará me ajudando muito no ENEM! Parabéns!
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